segunda-feira, 29 de março de 2010

Células Procariontes


As células procariontes se caracterizam pela pobreza de membrana plasmática. Ao contrário dos eucariontes, não possuem uma membrana envolvendo os cromossomos, separando-os do citoplasma. Os seres vivos que são constituídos por estas células são denominados procariotas, compreendendo principalmente as bactérias, e algumas algas (cianofíceas e algas azuis) que também são consideradas bactérias.

Células Eucariontes


As células eucariontes, também denominadas de células eucarióticas, são consideradas células verdadeiras, mais complexas em relação às procarióticas por possuírem um desenvolvido sistema de membranas.

Este tipo celular, típico da constituição estrutural dos fungos, protozoários, animais e plantas, apresenta interior celular bem compartimentado, ou seja, uma divisão de funções metabólicas entre as organelas citoplasmáticas: retículo endoplasmático liso e rugoso (RER), mitocôndrias, organoplastos, lisossomos, peroxissomo e complexo de golgi.

Reino Plantae


O Reino Plantae compreende seres eucariontes, pluricelulares, autotróficos, que realizam fotossíntese.

A exemplo dos animais, o organismo vegetal é constituído por células. Contudo, sua organização é bastante diferente. Se seus órgãos têm funções paralelas às dos sistemas animais, o mesmo não pode se dizer da sua estrutura. Em relação aos animais falamos em sistemas digestório, respiratório, reprodutor, etc.; no que diz respeito às plantas, tratamos de órgãos: a raiz, o caule, a folha, a flor, o fruto e a semente.

A classificação dos vegetais possui ligeiras diferenças em relação à classificação animal. Ao invés de usar o termo Filo, usa-se o termo Divisão.

As plantas são divididas em dois grandes grupos:

Criptógamas (kripto, escondido)
Plantas que possuem as estruturas produtoras de gametas pouco evidentes

Fanerógamas(phanero, evidente)
Possuem as estruturas produtoras de gametas bem visíveis.

Reino animalia


Atualmente são conhecidas cerca de 1 milhão de espécies pertencentes ao Reino Animal, enquanto outras estão sendo constantemente identificadas. Esses organismos, chamados genericamente de animais, possuem características comuns:
São peculiares, eucariontes e heterotróficos (grego hetero = outro, diferente; grego trophé = nutrição). Suas células não possuem parede celular.
Como são heterotróficos dependem, para sua nutrição, de outros seres vivos.
A maioria dos animais é capaz de se locomover. As espécies que não se locomovem são aquáticas e recebem os alimentos trazidos pela água.
A maioria dos animais possui sistema nervoso e é capaz de reagir rapidamente a estímulos.
A reprodução geralmente é sexuada (com troca de gametas).
Os animais dos filos citados na tabela 1 não possuem coluna vertebral, por isso são chamados de Invertebrados. Além desses filos, existe o filo dos Cordados. Os representantes desse filo possuem, durante a vida embrionária, três características: notocorda (eixo esquelético), fendas branquias (perfurações ao lado da faringe) e tubo nervoso dorsal (participa da formação do sistema nervoso).

Reino dos fungos


Você já ouviu falar em mofos ou bolores? Em certas condições eles ocorrem em paredes, na roupa, nos sapatos, no pão, nas frutas, etc. E em micoses? São causados por fungos. Frieiras, monilíase ("sapinho") são exemplos de micoses.

Ao reino dos fungos pertencem todos os seres conhecidos por mofos, bolores, cogumelos e leveduras. São seres vivos sem clorofila e podem ser unicelulares ou pluricelulares. Não possuem um tecido verdadeiro e suas células apresentam parede celular de quitina. A área da ciência que estuda os fungos é a micologia.

Os fungos pluricelulares geralmente apresentam filamentos microscópicos chamados hifas. Elas se entrelaçam formando uma espécie de massa, que recebe o nome de micélio. No cogumelo-de-chapéu, o micélio apresenta "abas" onde se encontram inúmeras hifas férteis, produtoras de esporos.

Os fungos podem viver de temperaturas que variam de 60 °C a -10 °C. Como heterotróficos, necessitam de alimento preexistente para a sa sobrevivência. Desenvolvem-se bem em lugares úmidos, com pouca luz e com matéria orgânica que usam para se alimentar.

A maioria deles, assim como as bactérias, obtêm alimento decompondo a matéria orgânica do corpo de organismos mortos. Alguns obtêm alimento de outros seres vivos, com os quais se associam. Assim, os fungos podem ser decompositores, parasitas ou mutualísticos.

Os decompositores (ou saprófitas) são fungos que se nutrem da matéria orgânica do corpo de organismos mortos (ou de partes que podem se destacar de um organismo, como pele, folhas e frutas que caem no solo), provocando a sua decomposição. Certos fungos, por exemplo, causam o apodrecimento de frutas ou de restos de vegetais e animais.

Os parasitas são aqueles que vivem à custa de outro ser vivo, prejudicando-o e podendo até matá-lo. Muitas doenças dos vegetais são provocadas por fungos parasitas, como aqueles que atacam as folhas do café, causando a "ferrugem do café". Nos seres humanos, podemos citar o fungo Candida albicans, que pode se instalar na boca, faringe e outros órgãos, provocando o "sapinho".

Os mutualísticos são aqueles que se associam a outros seres e ambos se beneficiam com essa associação. O líquen, por exemplo, é uma associação entre um fungo e uma alga. A alga, que tem clorofila, faz fotossíntese, produzindo alimento para ela e para o fungo. Este, por sua vez, absorve do solo água e sais minerais, que são, em parte, cedidos para a alga.

Os fungos apresentam reprodução assexuada e sexuada.

O mecanismo de reprodução dos fungos pode ser muito variado e relativamente complexo. Tomaremos como exemplo os cogumelos-de-chapéu e descreveremos sua reprodução de maneira simplificada.

Nos cogumelos-de-chapéu, os esporos são produzidos no "chapéu", que contém estruturas chamadas de esporângios, formadas por hifas férteis. Uma vez produzidos pelos esporângios, os esporos são eliminados, podendo se espalhar pela ação do vento, por exemplo. Encontrando condições favoráveis, num certo local, os esporos germinam e originam hifas que formarão um novo fungo.

A idéia mais comum que temos a respeito dos fungos é a de que eles crescem e se desenvolvem em lugares úmidos ou sobre alimentos estragados. Por isso, nunca pensamos neles como seres vivos muito importantes para a nossa vida e mesmo para o meio ambiente. Para demonstrar tal importância, vamos estudar agora alguns tipos de fungos.

Os fiomicetos podem ser aquáticos ou terrestres e unicelulares ou pluricelulares. Como exemplo de fiomicetos, podemos citar os do gênero Rhizopus, conhecidos como bolor preto do pão. A maioria dos fiomicetos, assim como dos demais grupos de fungos, vive como decompositores. Assim, contribuem para a reciclagem da matéria na natureza.

Entre os ascomicetos, podemos citar as leveduras, que são muito importantes para a produção de bebidas, como a cerveja, o vinho e o saquê, e para a fabricação de pães e bolos. No grupo dos ascomicentos, inclui-se o fungo Penicillium notatum, que produz um antibiótico poderoso e muito famoso, a penicilina.

Também chamados cogumelos, alguns fungos deste grupo são comestíveis, outros não. Há fungos tóxicos que podem até matar se ingeridos em quantidade. Apenas o conhecimento e a prática podem ajudar na identificação de um fungo tóxico ou não tóxico.

Reino Protista



Protozoários e algas unicelulares eucariontes

Os protistas são seres vivos unicelulares cuja célula possui núcleo organizado, ou seja, está separado do citoplasma pela membrana nuclear. São, portanto, organismos eucariontes. Na antiga classificação, os protozoários eram animais unicelulares e as algas unicelulares eucariontes pertenciam ao grupo dos vegetais.

Os protistas são representados pelos protozoários e pelas algas unicelulares eucariontes.

Os protozoários

Os protozoários são seres vivos unicelulares, eucariontes e desprovidos de clorofila. Podem viver como parasitas ou ter vida livre, habitando os mais variados tipos de ambiente. Como parasitas do homem e de outros seres vivos, podem causar muitas doenças.

A maioria dos protozoários apresenta reprodução assexuada. Algumas espécies podem se reproduzir sexuadamente. Primeiramente, o núcleo duplica-se. A seguir, a célula estreita-se na parte central e, finalmente, divide-se em duas, dando origem a duas novas amebas.

Os protozoários foram classificados segundo o tipo e a presença ou não de elementos especiais de locomoção. Dessa forma, s protozoários são divididos em flagelados, rizópodes, ciliados e esporozoários.

Os flagelados apresentam um ou mais de um flagelo. Os flagelos são longos filamentos que este tipo de protozoário utiliza para se locomover, vibrando-os num líquido. Muitos flagelados tem vida livre, outros são parasitas e ocasionam doenças no homem. O tripanossomo, a Leishmania e a giárdia são exemplos de flagelados parasitas.

Protozoários flagelados do gênero Trichonympha vivem no intestino de cupins, participando da digestão da celulose da madeira. Se o cupim não contasse com a "ajuda" do protozoário, ele não conseguiria aproveitar a celulose como alimento e morreria. Já o protozoário encontra alimento farto e fácil no intestino do cupim. Essa relação entre duas espécies diferentes, em que há benefício para ambas as partes é chamada mutualismo.

Os rizópodes se locomovem e obtêm alimentos através de prolongamentos do citoplasma chamados pseudópodes (falsos pés). As amebas são os principais representantes dos rizópodes. Algumas são parasitas e outras tem vida livre.

Um grupo especial de rizópodes são os foraminíferos. Esses protozoários vivem na água salgada e são protegidos por carapaças muito bonitas, ricas em cálcio e silício.

Há milhões de anos existia grande quantidade desses seres no fundo dos mares. Seus restos foram sofrendo transformações durante milhões de anos e contribuíram para a formação de petróleo.

Atualmente, a descoberta de suas carapaças é muito importante, pois indica que pode haver petróleo no local. Há técnicos em geologia - pessoas que estudam a origem e as transformações do globo terrestre -, que procuram descobrir, na terra ou no mar, os locais onde se encontram carapaças fósseis desses protozoários.

Os ciliados apresentam pequenos filamentos em volta do corpo chamados cílios, com os quais se movimentam e capturam alimentos. Um exemplo desse grupo é o balantídeo, um parasita que vive habitualmente no organismo do porco. Outro exemplo de ciliado é o paramécio, que vive na água doce.

Os esporozoários são parasitas e não se locomovem. Um dos mais conhecidos é o plasmódio, protozoário que provoca nos seres humanos a doença conhecida como malária ou maleita.

Doenças causadas por protozoários

Muitos protozoários causam doenças nos seres humanos. Entre elas, estão a amebíase ou disenteria amebiana, a doença de Chagas, a úlcera de Bauru, a giardíase e a malária.

O homem adquire a amebíase ou disenteria amebiana ao ingerir água ou alimentos contaminados por uma ameba, a Entamoeba histolytica. Esta ameba parasita principalmente o intestino grosso dos seres humanos, onde provoca ulcerações e se alimenta de glóbulos vermelhos do sangue. No intestino, essa ameba se reproduz assexuadamente por cissiparidade e, algumas delas, formam cistos, estruturas que possuem uma membrana resistente e que contêm alguns núcleos celulares. Eliminados com as fezes, os cistos podem contaminar a água e alimentos diversos, como as verduras. Se forem ingeridos, esses cistos se rompem no tubo digestivo, libertando novas amebas, que recomeçam um novo ciclo.

As pessoas com amebíase eliminam fezes líquidas, às vezes com sangue e quase sempre acompanhadas de fortes dores abdominais.

Para evitar essa doença é necessário ferver a água que se vai beber e lavar muito bem as verduras e frutas, além de cuidados higiênicos, como a lavagem de mãos, principalmente antes das refeições.

A doença de Chagas é causada pelo tripanossomo (Trypanosoma cruzi), protozoário que vive no intestino de um percevejo sugador de sangue, conhecido popularmente como barbeiro. Esse percevejo vive em frestas de paredes, chiqueiros e paióis. À noite, saem de seus esconderijos e vão sugar o sangue das pessoas que dormem. Quando alguém é picado pelo percevejo pode contrair a doença da seguinte forma: durante a picada, o barbeiro infestado elimina fezes contendo o tripanossomo. Coçando o local da picada, a pessoa espalha as fezes do barbeiro e introduz o parasita em seu organismo, através do pequeno orifício feito pela picada. Uma vez na corrente sangüínea, o tripanossomo atinge o coração. Ali ele se fixa, podendo causar a morte da vítima.

As principais medidas para evitar a doença de Chagas consistem em:

- Substituir moradias de barro e de madeira por outras de tijolos, que não tenham frestas onde o barbeiro possa se esconder; e

- exigir, em transfusões de sangue, a garantia de que o sangue doado não esteja contaminado com tripanossomos.

Doença que ataca a pele e as mucosas dos lábios e do nariz produzindo muitas feridas, a úlcera de Bauru é provocada pela Leishmania brasiliensis, um protozoário parecido com o tripanossomo. Transmitida pela picada do mosquito flebótomo, a doença é conhecida com esse nome, porque foi muito comum na cidade de Bauru, em anos passados.

Provocada pela giárdia (Giardia lamblia), flagelado que parasita o intestino humano, a doença geralmente causa fortes diarréias, podendo levar o doente à desidratação. É transmitida através de água e alimentos contaminados pelo protozoário. Evita-se essa doença com as mesmas medias utilizadas contra a amebíase.

A malária é provocada por protozoários do gênero Plasmodium e é transmitida ao homem por meio da picada do mosquito, anófele, ao sugar-lhe o sangue para se alimentar. Durante a picada, o mosquito libera saliva, que contém o protozoário plasmódio. Então o parasita entra no sangue da pessoa e se instala em órgãos diversos, como o fígado e o baço, onde se multiplica. Após um certo período, os parasitas retornam ao sangue e penetram nos glóbulos vermelhos, onde voltam a se multiplicar. Os glóbulos parasitados se rompem liberando novos protozoários que passam a infectar outros glóbulos vermelhos.

A malária provoca febre muito alta, que coincide com os períodos em que os parasitas arrebentam os glóbulos vermelhos, liberando toxinas na corrente sangüínea. Se não for combatida pode causar a morte do doente.

A pulverização de córregos, lagoas e poças de água parada, com inseticida, é uma das maneiras de combater os mosquitos transmissores da malária. É na água que os mosquitos põem seus ovos para se reproduzirem.

Reino monera


Reino das moneras: bactérias e cianofícias, seres unicelulares e procariontes

Moneras são todos os seres vivos unicelulares e procariontes: a célula desses seres não apresenta núcleo organizado e o material genético encontra-se disperso no seu interior. No reino das moneras estão as bactérias e as cianofíceas (também chamadas de cianobactérias ou algas azuis).

As bactérias

As bactérias são seres unicelulares microscópicos. Espalharam-se pelo mundo e podem ser encontradas no ar, na água e no solo.

Dependendo da forma que apresentam, as bactérias recebem nomes especiais:

Cocos => Têm a forma de esferas. Podem viver isoladas ou em grupos, formando colônias. Quando os cocos vivem dois a dois, chamam-se diplococos. Se formarem uma cadeia, denominam-se estreptococos. No caso de estarem reunidos em forma de um cacho, temos os estafilococos.

Bacilos => Tem a forma de bastonete.

Espirilos => Tem a forma de espiral.

Vibriões => Tem a forma de vírgula.

As bactérias podem se reproduzir muito rapidamente, dando origem a um número muito grande de descendentes em apenas algumas horas. A maioria deles tem reprodução assexuada, principalmente por cissiparidade ou divisão simples. Nesse caso, cada bactéria divide-se em duas, iguais à primeira. Elas se reproduzem principalmente dividindo-se em duas. Em boas condições ambientais e com fartura de alimento, elas podem duplicar-se a cada 20 minutos. Surgem três gerações de bactérias a cada hora. Em 24 horas, repetidas divisões produzem 5 sextilhões de novas bactérias.

Algumas bactérias se reproduzem sexuadamente com conjugação. Assim, duas bactérias se unem e uma delas recebe o material genético da outra. Em seguida, elas se separam e aquela que recebeu o material genético se divide em duas.

As bactérias podem ser heterotróficas ou autotróficas.

As bactérias heterotróficas, alimentam-se principalmente da matéria orgânica que conseguem decompondo organismos mortos. São chamadas de decompositores ou saprófitas.

A atividade decompositora das bactérias (bem como a dos fungos) permite que a matéria orgânica presente nos organismos mortos seja transformada em matéria inorgânica, como os sais minerais, que são liberados no ambiente e podem ser absorvidos por uma planta. Assim, as bactérias decompositoras contribuem para a reciclagem da matéria na natureza.

Algumas bactérias heterotróficas vivem como parasitas, retirando de outros seres as substâncias nutritivas de que necessitam e causando-lhes doenças.

Existem também bactérias heterotróficas que se associam com outros seres vivos, estabelecendo uma relação chamada mutualismo, em que ambos são beneficiados. Nas raízes do feijão, por exemplo, existem bactérias que fixam o nitrogênio do ar, transformando-o em nitratos. O feijoeiro, então, absorve parte dos nitratos, que contribuem para o seu desenvolvimento. Por sua vez, a planta fornece às bactérias parte do alimento que fabrica através da fotossíntese.

As bactérias autotróficas fabricam o seu próprio alimento por meio da fotossíntese ou da quimiossíntese. Na fotossíntese, a energia utilizada na produção do alimento vem da luz solar. Na quimiossíntese, a energia vem de algum composto químico a ser "queimado".

No solo, vivem certas bactérias do gênero Nitrosomonas. Essas bactérias "queimando" uma substância chamada de amônia, obtêm energia. Com essa energia, fabricam o seu próprio alimento, a partir de gás carbônico e de água. São, pois, autotróficas quimiossintetizantes.

A respiração celular é um fenômeno que consiste, basicamente, na extração da energia química armazenada nos alimentos. Essa energia é, então, utilizada nas atividades celulares.

Na respiração, o organismo pode, ou não, usar gás oxigênio. Quando usam esse gás, são chamados de organismos aeróbicos, quando não o usam. são chamados de organismos anaeróbicos.

Entre as bactérias, existem formas aeróbicas e anaeróbicas. Bactérias utilizadas em estações de tratamento de esgoto para decompor matéria orgânica, por exemplo, são aeróbicas. Já as bactérias causadoras do tétano são anaeróbicas.

Muitas bactérias são benéficas para os seres humanos. Exemplos:

Bactérias fermentadoras => permitem a produção de coalhada, iogurte, queijos, vinhos, vinagres, etc;

Bactérias mutualísticas => vivem, por exemplo, no intestino humano, formando a flora intestinal. Em nosso intestino, essas bactérias decompõem resíduos vegetais que não foram bem digeridos e fornecem ao nosso corpo vitaminas do complexo B. Por sua vez, encontram no intestino humano um ambiente adequado para viver.

Algumas bactérias, porém, provocam doenças no homem e também nas plantas e em outros animais. A tuberculose, o tétano, a lepra, a sífilis, a cólera e a pneumonia são exemplos de doenças causadas por bactérias patogênicas ns seres humanos.

Existem duas maneiras básicas de combater as bactérias patogênicas:

a) Medidas curativas - Consistem na cura de uma pessoa doente, com uma infecção bacteriana. Essa cura deve ser feita com acompanhamento médico, que podem receitas remédios como os antibióticos, eficientes no combate às bactérias causadoras de doenças;

b) Medidas profiláticas - São medidas preventivas para evitar as doenças causadas por bactérias. Exemplos:

Ferver o leite antes de usá-lo;

Ferver a água, quando não se tem filtro ou aparelho de ozonização;

Lavar e desinfetar ferimentos, com água oxigenada, por exemplo;

Usar desinfetantes em banheiros, pátios, etc.;

Conservar os alimentos. Pode-se fazer, por exemplo, o salgamento de carnes (boi, porco, carneiro, etc);

Tomar vacinas. Sempre que houver uma campanha de vacinação no posto de saúde, você deve tomar a sua dose de vacina;

Esterilizar instrumentos médicos em geral. A esterilização é a maneira de combater as bactérias patogênicas por meio de altas temperaturas. Para uma esterilização eficiente, os instrumentos (inclusive seringas e agulhas) devem ser fervidos durante algum tempo dentro de estojo metálico ou colocados em aparelhos especiais para esterilização.

A pasteurização (comum no leite) é um processo de esterilização de alimentos por meio da variação acentuada da temperatura. Primeiramente, eleva-se a temperatura do alimento por volta de 78 °C e, em seguida, abaixa-se rapidamente para
0 °C. Essa mudança brusca ocasiona a morte das bactérias.

Em condições adversas (temperaturas elevadas ou muito baixas, ação de agentes químicos, etc.), algumas bactérias podem originar estruturas resistentes denominadas esporos. Na forma e esporos, essas bactérias podem ficar protegidas por muitos anos, até que as condições desfavoráveis se revertam. Só não conseguem resistir por mais de uma hora ás condições de esterilização da autoclave (usadas geralmente em hospitais e clínicas). Este aparelho utiliza pressão em dobro da atmosférica e vapor de água em torno de 120 °C.